Esses são apenas alguns sintomas de uma crise de síndrome do pânico, também caracterizada por boca seca, tremores, tonturas e um mal-estar geral, acompanhados pela sensação de que algo terrível irá acontecer. A pessoa sente que pode morrer ou enlouquecer nos minutos seguintes.
Esse transtorno é causado pela chamada ansiedade patológica.
De acordo com os psicólogos, a ansiedade é um estado emocional natural e é completamente normal o sentimento de querer antecipar o futuro para evitar perigos ou tentar controlar danos.
O problema, porém, fica caracterizado quando essa ansiedade começa a causar sofrimento em demasia para a pessoa. A preocupação culmina nas crises e a pessoa fica ainda mais ansiosa porque não sabe quando a próxima irá acontecer.
Geralmente, a síndrome do pânico acontece no começo da vida adulta e aparece em situações de estresse, como pressões no trabalho, no casamento ou na família, em que a pessoa se sente desamparada.
O transtorno é de duas a quatro vezes mais frequente nas mulheres, mas também pode ocorrer com sinais semelhantes nos homens.
É claro que um único episódio de crise de ansiedade não caracteriza a síndrome do pânico, mas crises repetidas levam ao desenvolvimento do transtorno.
A maioria dos pacientes passa por vários médicos de especialidades diferentes em busca de uma resposta e do tratamento para tamanha ansiedade, sem saber ou, às vezes, aceitar, que tantos sintomas físicos sejam proveniente de problemas emocionais.
Felizmente o transtorno tem tratamento e, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação. Cada caso é especial, mas geralmente a pessoa é tratada com sessões de psicoterapia e medicamentos. Ela já começa a melhorar entre duas e quatro semanas, mas geralmente leva um ano para se recuperar.
Raramente há cura espontânea e, apesar de muitas pessoas ainda colocarem em xeque a relevância de complicações psicológicas, a síndrome do pânico deve ser tratada como doença. Caso contrário, pode levar a complicações ainda maiores, tais como depressão, desenvolvimento de outros transtornos de ansiedade e abuso de álcool, drogas ou de sedativos, com prejuízos para a vida profissional, social e familiar.
Fonte: Scientific American Brasil
As crises, que envolvem taquicardia e a sensação de morte
iminente, são consequências da ansiedade patológica.